Evangelho do Dia (Mc 8, 14-21)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos.
Glória a vós, Senhor.
“Os discípulos se esqueceram de levar pães; tinham apenas um pão consigo no barco. Jesus os advertia: ‘Atenção! Cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes!’”
Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.
🕊️ Reflexão:
Neste Evangelho, vemos os discípulos preocupados com a falta de pão, mas Jesus os conduz a enxergar além da necessidade material. A fome que eles sentiam era real, mas a maior carência era espiritual: a falta de fé e de compreensão sobre quem estava com eles.
Jesus aproveita aquele momento simples e cotidiano para dar um ensinamento profundo, advertindo: “Cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes”.
O fermento, que tem o poder de transformar a massa, simboliza aqui algo invisível, mas que pode contaminar todo o coração: a hipocrisia, a ambição, a incredulidade e o orgulho.
Os discípulos estavam tão focados na fome física que não perceberam a fome espiritual: faltava-lhes confiança em Jesus. Eles já haviam presenciado o milagre da multiplicação dos pães, viram o impossível acontecer diante de seus olhos, mas ainda duvidavam.
Isso revela como é fácil esquecer as obras de Deus quando nossos olhos estão voltados apenas para as necessidades imediatas. Jesus, então, os questiona: “Vocês têm olhos, mas não enxergam? Têm ouvidos, mas não escutam?”.
É um chamado para que eles percebam que o verdadeiro sustento da vida vem da fé.
Essa passagem nos convida a uma profunda reflexão: Quantas vezes também agimos como os discípulos? Em meio às dificuldades, ficamos ansiosos, com medo do amanhã, e esquecemos as tantas bênçãos já recebidas. O mesmo Deus que cuidou de nós no passado continuará cuidando no presente e no futuro.
No entanto, muitas vezes, permitimos que o “fermento” da preocupação, da ansiedade e da culpa cresça dentro de nós, sufocando nossa fé e obscurecendo nossa esperança.
Jesus nos alerta: o perigo não está apenas no exterior, mas dentro do coração. O fermento do mal é insidioso, cresce em silêncio e transforma nosso interior. Às vezes, ele aparece na forma de orgulho, quando nos sentimos autossuficientes e deixamos de confiar em Deus.
Outras vezes, surge como a falta de perdão, que endurece nossa alma. Também pode ser o julgamento, que nos distancia do próximo, ou a incredulidade, que nos afasta da graça.
Este Evangelho nos chama a identificar: Qual é o fermento que está levedando nossa alma? O que está crescendo em nosso coração: o amor, a fé, a esperança, ou o orgulho, a crítica e a indiferença?
O convite de Jesus é para uma faxina interior, uma purificação profunda da alma, removendo o fermento velho para que possamos ser uma massa nova.
Hoje, peçamos ao Espírito Santo que nos ilumine e nos ajude a reconhecer os fermentos que não vêm de Deus. Que Ele nos conceda a graça de confiar mais, de lembrar das obras que Deus já fez em nossa vida e de manter os olhos fixos em Jesus, o verdadeiro Pão da Vida.
Oração:
“Senhor Jesus,
Tu que multiplicas o pão e sacias a fome do corpo e da alma,
Afasta de nós o fermento do orgulho, da hipocrisia e da divisão.
Ilumina nossos olhos para vermos Teus sinais e reconhecermos Tua providência.
Que nossos corações sejam férteis para o Teu amor,
E nossas vidas, um testemunho da Tua bondade. Amém.”
Desafio do Dia:
Hoje, antes de reclamar ou se preocupar, lembre-se de uma bênção que já recebeu. Confie que, assim como Jesus multiplicou os pães, Ele cuidará das suas necessidades.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.